Usadas no LG G3, as telas com tecnologia LED são populares em diversos eletrônicos, como monitores, TVs e até painéis de câmeras digitais. Essas telas contam com uma malha de pixels, que recebe luz a partir de pequenas lâmpadas atrás do painel. Para que as cores sejam exibidas, a iluminação passa pelo chamado filtro de Bayer, que é o responsável por modificar a luz ao ponto que enxerguemos 16,7 milhões de variantes de cores, algo que a maioria dos displays atuais oferece, seja LED ou OLED.
Na tela do G3, como na de outros smartphones com LCD, a cor surge quando a luz branca passa por pequenos filtros vermelhos, verdes e azuis que compõem a matriz de Bayer. Já no G4, esses filtros são desnecessários. Em seu lugar existe um filme composto por cristais nanoscópicos (também conhecidos por pontos quânticos) que emitem luz. Variações minúsculas no tamanho desses cristais fazem com que apenas luzes de cores bem específicas passem pela tela.
Normalmente, ainda há um tipo de retroiluminação, mas ela é menos intensa do que a usada em LCD com LED. Isso porque não há um filtro entre a fonte de luz e o pixel. Portanto, os nano cristais são mais eficientes em termos de consumo energético. E, na prática, isso também significa que o display tem melhor contraste do que o que vemos no LED.
Outra consequência do uso dos pontos quânticos que se converte em benefícios para o usuário é a fidelidade de cores. E, mais uma vez, a responsável por isso é a ausência da matriz de Bayer.
Por melhor que seja o filtro, luzes de comprimento de onda parecidos podem acabar se misturando (um laranja pode se intrometer no canal vermelho, por exemplo) quando passam pela matriz. Isso não ocorre nos nano cristais, que bloqueiam os fótons graças a um efeito chamado “confinamento quântico” que surge quando a estrutura cristalina é suficientemente pequena para reter ondas de comprimento específico. Portanto, a nova tecnologia de tela usada pela LG oferece nuances de cores mais “puros”.
Com isso, pode-se notar que a tecnologia do LG G4 é diferente da usada na tela Super Amoled do Samsung Galaxy S6, que funciona como um display OLED. Sem uma análise aprofundada com ambos os aparelhos em mãos, é difícil mensurar o quanto uma tela é realmente melhor que a outra.
O que podemos ter certeza é da melhoria entre o display do G3 e o do G4. A propria LG divulgou hoje que a imagem gerada pelo LG G4 tem 25% mais brilho, 50% mais contraste e fidelidade de cores 20% maior. Fora isso, ela é 11% mais eficiente na gestão de energia do que o G3.